Caracterização institucional
A Universidade Federal Fluminense (UFF) foi criada em 18/12/1960, pela Lei 3.848 DOU (20/12/1960), com a denominação de Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFERJ) e instituída conforme a Lei 3.958(13/09/1961), com a união de cinco faculdades federais, três estabelecimentos de ensino estaduais e duas faculdades particulares sediadas no município. O atual nome foi homologado pela Lei 4.831(05/11/1965) e seu Estatuto aprovado pelo Conselho Federal de Educação, conforme Parecer Nº 2/ 83. Ao longo do tempo, a UFF se estabeleceu como uma instituição de referência na formação de recursos humanos em nível de graduação, sendo uma das pioneiras em atividades de extensão universitária e expandiu, em especial nos últimos anos, seus cursos de pós-graduação e a sua produção científica e tecnológica. A UFF é uma das maiores universidades federais do país, atendendo mais de 35 mil alunos em mais de 125 curso de graduação por ano. Adicionalmente, são mais de 50 programas de pós-graduação stricto sensu aproximadamente 5.000 alunos matriculados, além de diversos Mestrados Profissionalizantes.
Hoje, a UFF apresenta um alto grau de interiorização contando além de Niterói, com sedes em Angra dos Reis, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Santo Antônio de Pádua, Macaé e Volta Redonda. A UFF se estabeleceu, portanto, como um importante vetor de desenvolvimento do interior do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a UFF oferece a seus estudantes, uma oportunidade única de vivência e formação, no campus avançado de Oriximiná no Pará.
A Escola de Engenharia da UFF, sediada em Niterói, foi criada em 31/10/1952, como Escola Fluminense de Engenharia. Formada por um quadro docente de qualidade e renome profissional, e com uma estrutura curricular ajustada aos princípios da formação de profissionais capazes e adequados às necessidades do desenvolvimento nacional, a Escola Fluminense de Engenharia se consolidou na formação de engenheiros para o mercado de trabalho. Em 1971, foi criado o Departamento de Engenharia Química, formado inicialmente por docentes em regime de trabalho de 20h e grande experiência prática, mas alguns já com formação de doutorado em grandes centros como Stanford e Imperial College of London, além de vários mestres formados pela COPPE/UFRJ. A partir de 1990, o Departamento de Engenharia Química, seguindo uma diretriz da Escola de Engenharia, decide ampliar o seu quadro de docentes em dedicação exclusiva, com o gradativo aumento no número de doutores, de forma a aumentar a capacidade de atividades de pesquisa e pós-graduação. O Departamento de Engenharia Química da Escola de Engenharia da UFF programou uma série de ações visando a capacitar o corpo docente, modernizar a infraestrutura e otimizar os recursos disponíveis, de modo a ampliar o leque de atuação na graduação e na pós-graduação. Como resultado dessas ações, a partir de 2005, foram implantados o Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo e o Curso de Especialização em Petróleo e Gás Natural, seguido da mudança de nome para Departamento de Engenharia Química e de Petróleo. Além das atividades de ensino, alguns docentes passaram a atuar em atividades de pesquisa e ensino em programas de pós-graduação vinculados a outros programas da UFF , como a Engenharia Civil, e o Instituto de Química. O aumento nestas atividades de pesquisas possibilitou que em 2009, fosse aprovado pela CAPES o curso de Mestrado em Engenharia Química com docentes do departamento e com a participação de docentes de outros departamentos da Escola de Engenharia, do Instituto de Química e do Instituto de Física da UFF.
Histórico do curso
Histórico e Contextualização:
- Importância da proposta no contexto do plano de desenvolvimento da UFF
Em seus cinquenta e cinco anos de existência, a UFF tem percorrido uma trajetória responsável de dedicação ao ensino, pesquisa e extensão de forma a contribuir para o desenvolvimento científico, técnico e cultural do país. A Universidade tem adotado, em seus planos de desenvolvimento recentes, ações e esforços significativos no sentido de ampliar a produção de conhecimento e de ofertar condições adicionais de formação para a comunidade.
Essa estratégia tem feito com que, ao longo dos últimos anos, a UFF promovesse um aumento expressivo do número de cursos de Pós-graduação (PG) e de atividades de pesquisa. Até meados de 2015, a UFF contava 79 Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu recomendados pela CAPES, contemplando todas as áreas do conhecimento. Destes Programas, 39 possuem ambos os níveis de curso: Mestrado e Doutorado; 20 possuem somente curso de Mestrado Acadêmico; 17 possuem apenas curso de Mestrado Profissional; e 3 Programas possuem somente o nível de curso Doutorado. Os cursos contavam, em 2019, com cerca de 8253 alunos, dos quais aproximadamente 4603 são de Mestrado, 3209 de Doutorado e 1353 de Mestrado Profissional.
Essa proposta assume importância nesse contexto de esforço da universidade para cumprir sua missão institucional. Podem ser apontados os seguintes aspectos:
- Aumentar a produção de conhecimento da Ao expandir a pós-graduação, tanto em seu aspecto quantitativo quanto qualitativo, com a promoção da diversificação de áreas de ensino e pesquisa, haverá condições favoráveis para aumentar a produção de conhecimento científico e tecnológico.
- Otimizar a capacidade de produção de conhecimento instalada na universidade, com melhor aproveitamento do potencial do corpo docente e da infraestrutura disponível.
Em decorrência de decisões de planejamento recente, e em consonância com as diretrizes da Universidade, o Departamento de Engenharia Química e Petróleo da Escola de Engenharia da UFF programou uma série de ações visando a capacitar o corpo docente, modernizar a infraestrutura e otimizar os recursos disponíveis, de modo a ampliar o leque de atuação na graduação e na pós- graduação. Como resultado dessas ações, a partir de 2005, foram implantados o Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo e o Curso de Especialização em Petróleo e Gás Natural, além de estar em curso a modernização e implementação de novos laboratórios.
No que diz respeito à capacitação do corpo docente, o Departamento passou, nos três últimos anos, de 7 (sete) para 13 (treze) professores com nível de doutorado em dedicação exclusiva, o que corresponde a um acréscimo superior a 80%. Tais professores têm atuado, no âmbito do departamento, principalmente em atividades de ensino e pesquisa relacionadas à graduação e, subsidiariamente, em atividades de ensino e pesquisa em programas de pós-graduação vinculados a outros departamentos da Escola de Engenharia, como a Engenharia de Produção e a Engenharia Civil, ou em outras unidades da UFF, como a Escola de Química.
Melhorar as condições de ensino na graduação por meio de um intercâmbio efetivo com a pós- graduação. As ações executadas, em especial o aumento na qualificação do corpo docente, estão articuladas ao interesse do Departamento de se criarem condições para propiciar uma formação mais qualificada para os discentes na graduação e com o desejo de se implantar cursos de pós-graduação stricto sensu, como apresentado nesta proposta.
- Relevância e impacto regional ou micro-regional da formação dos profissionais com o perfil previsto:
Além do momento especial pelo qual passa o Departamento, as conjunturas econômicas do país e, particularmente, a do Estado do Rio de Janeiro apresentam condições propícias para a implementação de estudos pós-graduados em Engenharia Química.
Próximo à cidade de Niterói, no município de Itaboraí, será construída uma refinaria no COMPERJ – Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, uma excelente oportunidade para o relacionamento universidade-empresa, na qual pesquisadores e alunos envolvidos com a pós-graduação terão contato direto e poderão prover suporte técnico-científico no desenvolvimento de trabalhos que envolvam a participação direta da equipe técnica das empresas envolvidas no funcionamento dessa refinaria.
Acrescido a isso, parcerias e trabalhos de relevância poderão ser realizados em colaboração com a PETROBRAS S.A. e com outras empresas do setor petrolífero, uma vez que o Estado do Rio de Janeiro, que detém cerca de 70% do petróleo produzido no país nos municípios de Campos e Macaé, mostra um crescimento sustentável e uma diversificação nos negócios na indústria de petróleo. Destaca-se que as instalações do Departamento de Engenharia Química e de Petróleo da Universidade Federal Fluminense são as que se localizam estrategicamente mais próximas ao local da realização dessas atividades industriais, facilitando todo tipo de interação entre as empresas e a Universidade.
A formação de profissionais pós-graduados em Engenharia Química com o perfil focado em Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento de Materiais torna-se pertinente e relevante, na medida em que se considera a referência desse cenário regional favorável, de ampliação e crescimento das indústrias energéticas e energo-intensivas, que demandam competência em novos materiais, questões ambientais e suas relações com os processos da indústria química. Ademais, a UFF, por meio de uma proposta com características diferenciadas em Energia, Meio Ambiente e
Desenvolvimento de Materiais, vem ampliar a oferta de vagas na pós-graduação em Engenharia Química, somando esforços aos programas de pós-graduação existentes em instituições públicas no Estado do Rio de Janeiro, como a COPPE/UFRJ, a Escola de Química da UFRJ, e a UERJ.
Processo Seletivo:
O processo seletivo para o curso de Mestrado do Programa pode ser realizado uma vez ao ano (em fevereiro) ou duas vezes ao ano (em fevereiro e em julho). A entrada anual ou semestral e o número de vagas que serão oferecidas são definidos, de acordo com a disponibilidade de bolsas e número de alunos matriculados em cada processo seletivo. Em geral, são oferecidas de 15 a 30 vagas por semestre. Para obter o grau de Mestre, o ingressante deve cursar três disciplinas obrigatórias: Termodinâmica Aplicada, Fenômenos de Transporte e Métodos de Matemática Aplicada à Engenharia Química, totalizando 12 créditos. No segundo período, deve cursar três disciplinas optativas (total de 12 créditos) condizentes com a área de desenvolvimento de sua dissertação, onde concluirá sua carga de créditos em disciplinas cursadas. A partir do primeiro ano de curso, irá iniciar o desenvolvimento da sua dissertação, passando a cursar as Disciplinas: Dissertação de Mestrado, Seminários de Mestrado I e Seminários de Mestrado II. Para os alunos com bolsa Capes ainda é demandado o Estágio em Docência como formação de suas atividades acadêmicas. Após dois anos, o aluno concluirá o curso, com a defesa da dissertação, e estará apto a receber o diploma de Mestre em Ciências (MSc).
Diretrizes e Objetivos
As Diretrizes do PPGEQ-UFF e os objetivos que norteiam as ações a serem desenvolvidas em cada uma delas estão descritos a seguir:
- Diretriz 1: Formação de recursos humanos com capacitação crítica e sólidos conhecimentos em Engenharia Química e áreas afins para a realização de pesquisas e o aprofundamento de estudos técnicos e científicos em energia, meio ambiente e desenvolvimento de materiais que contribuam para o desenvolvimento tecnológico e social do País.
Objetivos: (i) Obter a maioria dos egressos com colocação no mercado na sua área de formação; (ii) Obter bom desempenho dos alunos nas disciplinas (obrigatórias e optativas) e no desenvolvimento da dissertação
- Diretriz 2: Consolidação do PPGEQ-UFF, através da elevação do nível CAPES
Objetivos: (i) Obter boa atuação do corpo docente, atendendo aos critérios da CAPES e às demandas do curso e dos discentes; (ii) Aumentar a Produção Qualificada dos docentes; (iii) Aumentar a Qualidade das Dissertações e da produção de discentes autores da pós-graduação; (iv) Obter bom Desempenho do Programa, de uma forma geral, levando em consideração às demandas do corpo docente e discente
- Diretriz 3: Incentivo à captação de recursos em empresas privadas e agências de fomento para desenvolvimento de projetos e melhoria de infraestrutura.
Objetivo: Aumentar o número de projetos financiados por empresas privadas e agências de fomento
- Diretriz 4: Aumento do impacto social e do caráter inovador da produção intelectual.
Objetivos: (i) Aumentar o número de patentes nacionais e internacionais depositadas e concedidas; (ii) Aumentar o impacto acadêmico das publicações dos docentes; (iii) Avaliar o impacto na formação dos profissionais
Algumas informações adicionais: